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OCE — Orientação ao Centro Espírita


Apresentação

Orientação ao Centro Espírita, agora apresentado em edição revista e atualizada, representa o resultado de um trabalho realizado durante muitos anos por dirigentes e trabalhadores espíritas vinculados, tanto aos grupos, centros e demais instituições espíritas, como aos órgãos federativos e de unificação do Movimento Espírita:

1 – Com o objetivo de promover a união dos espíritas e das instituições espíritas de nosso país e trabalhar pela unificação do Movimento Espírita, a fim de fortalecer a tarefa de difusão do Espiritismo, foi criado, em 5 de outubro de 1949, o Conselho Federativo Nacional (CFN) da Federação Espírita Brasileira, com a assinatura do Pacto Áureo  †  por representantes da FEB e de Entidades Federativas Espíritas Estaduais.

2 – Instalado em 1º de janeiro de 1950 e integrado pelas Entidades Federativas Estaduais – Federações e Uniões que, por sua vez, integram os Centros Espíritas sediados nos respectivos Estados e no Distrito Federal –, o Conselho Federativo Nacional substituiu o antigo Conselho Federativo da FEB, que federava, diretamente, os Centros Espíritas de todo o país.

3 – Durante a década de 1950 foram realizadas atividades de esclarecimento junto às instituições espíritas em geral sobre a importância e as diretrizes do trabalho de união dos espíritas e das instituições espíritas e de unificação do Movimento Espírita brasileiro.

4 – Na década de 1960, foram realizados os Simpósios Regionais em todo o Brasil, nas regiões Norte, Nordeste, Centro e Sul, enfocando, mais objetivamente, o trabalho operacional dos grupos, centros e demais instituições espíritas.

5 – No início da década de 1970, foram criados os Conselhos Zonais do CFN (Norte, Nordeste, Centro e Sul), que se reuniam uma vez a cada semestre, cada vez em uma região, para estudar temas de interesse do Movimento Espírita, escolhidos e deliberados nas Reuniões Plenárias do CFN.

6 – No período de outubro de 1975 a abril de 1977, as Entidades Federativas Estaduais que integram o CFN realizaram estudos mais aprofundados sobre o Centro Espírita, concluídos na Reunião Plenária do CFN de novembro de 1977, com aça aprovação do texto “A adequação do Centro Espírita para o melhor atendimento de suas finalidades”, o qual destaca “como entender o Centro Espírita em sua abrangência” e “o que cabe a ele realizar”. (Anexo 1)

7 – Nessa reunião do CFN de novembro de 1977, as Entidades Federativas Estaduais decidiram continuar estudando o Centro Espírita no Quarto Ciclo de Reuniões Zonais (realizado no período de março de 1978 a novembro de 1979, em Manaus-AM, João Pessoa-PB, Brasília-DF e Porto Alegre-RS), estudo este concluído na Reunião Plenária do CFN de julho de 1980, com a aprovação do texto “Orientação ao Centro Espírita”, que, enfocando o “como fazer”, oferece uma série de sugestões práticas ao Centro Espírita para o exercício das suas atividades básicas, com vistas ao estudo, à difusão e à prática do Espiritismo.

8 – No Quinto Ciclo de Reuniões Zonais, foi estudado e elaborado um texto voltado à Orientação aos Órgãos e Entidades Federativas e de Unificação do Movimento Espírita, destacando a necessidade e a importância da união dos espíritas e das instituições espíritas, oferecendo sugestões de trabalho aos órgãos federativos, especialmente em favor do Centro Espírita, e estabelecendo as diretrizes que norteiam o trabalho de unificação do Movimento Espírita, texto este aprovado em Reunião Plenária do CFN de novembro de 1983 com o título “Diretrizes da Dinamização das Atividades Espíritas”. (Anexo 2)

9 – Por resolução do CFN, em reunião de novembro de 1985, os Conselhos Zonais foram transformados nas Comissões Regionais (Norte, Nordeste, Centro e Sul), as quais passaram a se reunir anualmente, no primeiro semestre, proporcionando às Entidades Federativas Estaduais, em suas respectivas regiões, a oportunidade de trocarem informações e experiências, ajudarem-se reciprocamente e unirem-se para a realização dos trabalhos que têm por objetivo colocar em prática as diretrizes anteriormente aprovadas pelo CFN, nos textos já citados, tanto para os Centros Espíritas como para os Órgãos Federativos. (Anexo 3)

10 – As Comissões Regionais do CFN foram instaladas nos anos de 1986 e 1987 e, durante 20 anos (até 2006), as Entidades Federativas Estaduais de cada região exercitaram a prática do trabalho de unificação, dialogando, trocando informações e permutando experiências em torno do seu objetivo principal que é o aprimoramento doutrinário, assistencial e administrativo dos Centros Espíritas, assim como a sua multiplicação.

11 – Nesse período, as Comissões Regionais, que iniciaram suas atividades com a presença apenas dos dirigentes das Entidades Federativas Estaduais, desdobraram o seu trabalho com outras reuniões concomitantes de áreas específicas de apoio ao Centro Espírita, tais como: Atendimento Espiritual no Centro Espírita, Atividade Mediúnica, Comunicação Social Espírita, Estudo Sistematizado da Doutrina Espírita, Evangelização Espírita da Infância e da Juventude, Serviço de Assistência e Promoção Social Espírita e Capacitação Administrativa.

12 – Com base nesse trabalho realizado nas Comissões Regionais, foi proposto um estudo visando a um aprimoramento e atualização do texto “Orientação ao Centro Espírita” aprovado em julho de 1980, sem envolver outros textos aprovados pelo CFN; estudo este que, depois de elaborado e analisado por várias comissões, foi aprovado pelo Conselho Federativo Nacional em sua reunião de novembro de 2006 e que agora está sendo publicado.

13 – Diante da necessidade cada vez maior de uma ampla difusão da Doutrina Espírita, mediante seu estudo, sua divulgação e sua prática, ajudando e orientando o ser humano a melhor compreender a fase de transição que o nosso mundo atravessa, entendemos que o trabalho das Entidades Federativas Estaduais, unidas no Conselho Federativo Nacional da FEB, representa uma contribuição valiosa especialmente para os dirigentes e trabalhadores dos Centros Espíritas, que enfrentam desafios cada vez mais complexos para a execução dos seus nobres propósitos de colocar em prática os princípios doutrinários.

14 – Cabe ressaltar, todavia, que toda e qualquer atividade de estudo, divulgação e prática da Doutrina Espírita só será realmente correta e eficiente quando for executada dentro dos princípios morais que norteiam a prática do Evangelho de Jesus, guia e modelo para a Humanidade.

15 – Neste sentido, compete a cada trabalhador que se propuser a realizar essas atividades de difusão do Espiritismo, esforçar-se para superar suas próprias limitações na vivência dos princípios morais do Evangelho, transformando-se em pólo aglutinador e motivador de união para a realização desse trabalho, que contribui para a construção de um mundo novo inspirado na vivência do Evangelho de Jesus à luz da Doutrina Espírita.

Ditosos os que hajam dito a seus irmãos: “Trabalhemos juntos e unamos os nossos esforços, a fim de que o Senhor, ao chegar, encontre acabada a obra; porquanto o Senhor lhes dirá: “Vinde a mim, vós que sois bons servidores, vós que soubestes impor silêncio aos vossos ciúmes e às vossas discórdias, a fim de que daí não viesse dano para a obra!” Mas, ai daqueles que, por efeito das suas dissensões, houverem retardado a hora da colheita, pois a tempestade virá e eles serão levados no turbilhão!” – O Espírito de Verdade – (O Evangelho segundo o Espiritismo. Capítulo XX, item 5, “Os Obreiros do Senhor”)


Brasília, fevereiro de 2007.

Nestor João Masotti

Presidente do Conselho Federativo Nacional da Federação Espírita Brasileira




Toda atividade de estudo, divulgação e prática da Doutrina Espírita só será correta e eficiente quando executada dentro dos princípios morais do Evangelho de Jesus.


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