O Caminho Escritura do Espiritismo Cristão
Doutrina espírita - 2ª parte.

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Vinha de luz — Emmanuel


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Vê como vives

“E chamando dez servos seus, deu-lhes dez minas e disse-lhes: negociai até que eu venha.” — Jesus. (LUCAS, 19.13)


1 Com a precisa madureza do raciocínio, compreenderá o homem que toda a sua existência é um grande conjunto de negócios espirituais e que a vida, em si, não passa de ato religioso permanente, com vistas aos deveres divinos que nos prendem a Deus.

2 Por enquanto, o mundo apenas exige testemunhos de fé das pessoas indicadas por detentoras de mandato essencialmente religioso.

3 Os católicos romanos rodeiam de exigências os sacerdotes, desvirtuando-lhes o apostolado. 4 Os protestantes, na maioria, atribuem aos ministros evangélicos as obrigações mais completas do culto. 5 Os espiritistas reclamam de doutrinadores e médiuns as supremas demonstrações de caridade e pureza, como se a luz e a verdade da Nova Revelação pudessem constituir exclusivo patrimônio de alguns cérebros falíveis.

6 Urge considerar, porém, que o testemunho cristão, no campo transitório da luta humana, é dever de todos os homens, indistintamente.

7 Cada criatura foi chamada pela Providência a determinado setor de trabalhos espirituais na Terra.

8 O comerciante está em negócios de suprimento e de fraternidade.

9 O administrador permanece em negócios de orientação, distribuição e responsabilidade.

10 O servidor foi trazido a negócios de obediência e edificação.

11 As mães e os pais terrestres foram convocados a negócios de renúncia, exemplificação e devotamento.

12 O carpinteiro está fabricando colunas para o templo vivo do lar.

13 O cientista vive fornecendo equações de progresso que melhorem o bem-estar do mundo.

14 O cozinheiro trabalha para alimentar o operário e o sábio.

15 Todos os homens vivem na Obra de Deus, valendo-se dela para alcançarem, um dia, a grandeza divina. Usufrutuários de patrimônios que pertencem ao Pai, encontram-se no campo das oportunidades presentes, negociando com os valores do Senhor.

16 Em razão desta verdade, meu amigo, vê o que fazes e não te esqueças de subordinar teus desejos a Deus, nos negócios que por algum tempo te forem confiados no mundo.


Emmanuel



Texto extraído da 1ª edição desse livro.

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