O Caminho Escritura do Espiritismo Cristão
Doutrina espírita - 2ª parte.

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Seara dos médiuns — Emmanuel


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Livre-arbítrio e obsessão

Reunião pública de 2-9-1960.

Questão n.º 254 - § 2.º


1 No tratamento da obsessão, frequentes vezes, entre os seareiros do bem, surgem debates em torno do livre-arbítrio.

2 Se a faculdade de escolher é atributo da alma, como influir no ânimo dos desencarnados menos felizes?

3 Temos aqui, no entanto, o princípio de causa e efeito, importando reconhecer que se Jesus respeitou as resoluções de quantos lhe respiravam o ambiente, não arrebatou ninguém às consequências dos próprios atos.


4 Se caímos na criminalidade, somos Espíritos doentes e qualquer doente guarda a sua independência, até o ponto em que ameaça a integridade dos outros ou agrava a condição de si mesmo.

5 Para atender a isso, a sociedade humana relaciona vários recursos de contenção, destacando-se entre eles a segregação hospitalar e a anestesia involuntária, que parecem atentados à consciência.

6 Entretanto, ninguém malsinará o médico que administre opiáceos ao enfermo desesperado, que lhe tente rasgar as próprias vísceras, ou que isole na câmara gradeada de um sanatório o louco suscetível de descer às últimas raias da inconsequência.


7 Diante da obsessão, não te mostres indiferente à sorte dos irmãos incursos nessa dificuldade.

8 A pretexto de resguardar o livre-arbítrio, não deixes o companheiro desencarnado e o companheiro da experiência física sem o concurso do esclarecimento que lhes serve ao caminho como inevitável medicação.

9 Dinamiza o conhecimento quanto julgues preciso, em cada processo de reajuste, mas explica aos irmãos em prova a trilha mais fácil para a libertação deles mesmos.

10 Ainda assim, porque estejas a serviço da verdade, não te faças verdugo.

11 Aspereza é veneno sutil.

12 Irritação retorna qualquer serviço à estaca zero. Ninguém realmente sabe ensinar se não sabe repetir a lição.

13 Socorre obsessor e obsidiado, incutindo-lhes a verdade dosada em amor; contudo, recorda que o veículo de semelhante remédio é paciência e paciência.


Emmanuel


Texto extraído da 1ª edição desse livro.

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