O Caminho Escritura do Espiritismo Cristão
Doutrina espírita - 2ª parte.

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Relicário de luz — Autores diversos


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Gratidão filial

1 Minha querida mamãe, Jesus nos abençoe, concedendo-nos muita paz dentro da luta em que precisamos conquistar os valores de nossa evolução.

2 Estamos lembrando o oitavo aniversário de meu novo nascimento na Vida Espiritual e venho agradecer o consolo de seus carinhos, em torno de minha memória.

3 Raros na Terra conhecem os benefícios reais da prece. Há muita gente que ao invés de orar, apenas congrega palavras de aflição ou desespero, quando o ato de comunhão das almas entre si ou com o Divino Poder, resulta sempre do silêncio sublime em que o amor edifica sempre para a vida eterna.

4 Trago ao seu coração o meu coração reconhecido e feliz. Agradeço-lhe as lágrimas de saudade e esperança, porque traduzem a maior dádiva que seu filho pode receber atualmente da Terra.

5 É doce voltar ao espírito materno, no torvelinho de lutas a que a evolução nos arrebata porque na ternura das Mães há sempre flores de afeto puro e desinteressado, perfumando o oxigênio que respiramos…

6 Enquanto o tempo corre e enquanto correm os homens para se contemplarem, depois, dentro desse mesmo tempo convertido em passado, tocados de pesar por não haverem aproveitado o tesouro das horas, nós dois permaneceremos, nestes abençoados minutos refazendo forças, para o bom combate.

7 Entrelacemos nossas rogativas, pedindo a Deus energias para não desmerecer a nossa oportunidade bendita de sofrer e lutar.

8 Reunamos nossas aspirações antigas e novas de trabalho num voto ardente de mais dilatada aplicação aos princípios da renúncia e do devotamento ao sacrifício próprio em cujo segredo estamos restaurando os nossos destinos.

9 Abençoemos a dificuldade que nos impõe a renovação dos pensamentos e agradeçamos a dor que nos desperta na direção dos cimos da vida e, confiantes retomemos o curso das obrigações que nos competem, na certeza, mamãe, de que sem o sofrimento a nossa alma não ultrapassaria a condição da pedra.

10 Quando o termômetro das nossas necessidades acusa graus de elevação, nossos sentimentos como que se fortalecem no roteiro para o céu. As mágoas do mundo abrandam-nos a natureza e os golpes da marcha, muitas vezes, abrindo chagas em nossos corações, nos modificam o íntimo para a Luz Suprema.

11 Estou satisfeito com a sua paciência, com a sua tolerância e com a sua serenidade, mas peço ao seu valor moral nunca trair a nossa necessidade de bom ânimo.

12 Tenhamos fé para com a viagem que estamos efetuando sob a tempestade de muito tempo. Creia que nunca esteve sozinha, assim também quanto eu me reconheço sempre amparado em sua dedicação.

13 Mamãe, oremos pelos nossos, pelas flores que desabrocharam em nosso lar, inclusive pelo papai que prossegue reclamando a nossa assistência afetiva; e, com referência a todos os nossos problemas íntimos, que não posso explanar aqui, esteja convencida de que o meu pensamento acompanha o seu para que a solução de todos eles venha ao nosso círculo pessoal com o socorro de nosso Pai Celeste.

14 De qualquer modo, guarde a alegria e a coragem pois, aqui, os Mestres da Vida Superior nos ensinam que a inquietação de qualquer espécie é sempre a pior resposta de nosso espírito ao céu que tudo nos confere para o Bem e para a Luz.

15 Abrace por mim a todos e esperando que a sua dedicação renda graças comigo a Jesus pelo muito que nos tem concedido, beija-lhe o coração, com muita gratidão e com muito amor, o seu filho saudoso que não a esquece.


William



Obs. Essa mensagem consta do livro “Bastão de arrimo” do qual William é co-autor.


Texto extraído da 1ª edição desse livro.

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