O Caminho Escritura do Espiritismo Cristão
Doutrina espírita - 2ª parte.

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Palavras de vida eterna — Emmanuel


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Chamamento ao amor

“… E à ciência temperança, e à temperança paciência e à paciência piedade.” — PEDRO (2 Pedro, 1.6)


1 Aprender sempre, instruir-nos, abrilhantar o pensamento, burilar a palavra, analisar a verdade e procurá-la são atitudes de que, efetivamente, não podemos prescindir, se aspirarmos à obtenção do conhecimento elevado; entretanto, milhões de talentosos obreiros da evolução terrestre, nos séculos que se foram, esposaram a cultura intelectual, em sentido único, e fomentaram opressões que culminaram em pavorosas guerras de extermínio.

2 Incapazes de controlar apetites e paixões, desvairaram-se na corrida ao poder, encharcando a terra com o sangue e o pranto de quantos lhes foram vítimas das ambições desregradas.

3 Toda grandeza de inteligência exige moderação e equilíbrio para não desbordar-se em devassidão e loucura.

4 Ainda assim, a temperança e a paciência, por si só, não chegam para enaltecer o lustre do cérebro.

5 A própria diplomacia, aliás sempre venerável, embora resida nos cimos da suavidade e da tolerância, pelos gestos de sobriedade e cortesia com que se manifesta, em muitos casos não é senão a arte de contemporizar com o rancor existente entre as nações, segurando, calma, o estopim do ódio e da belicosidade para a respectiva explosão, na época que julga oportuna a calamitosas conflagrações.

6 O apontamento do Evangelho, no entanto, é claro e preciso.
Não vale a ciência sem temperança e toda temperança pede paciência para ser proveitosa, mas para que esse trio de forças se levante no campo da alma, descerrando-lhe o suspirado acesso aos mundos superiores, é necessário que o amor esteja presente, a enobrecer-lhes o impulso, de vez que só o amor dispõe de luz bastante para clarear o presente e santificar o porvir.


Emmanuel


(Reformador, outubro de 1962, p. 218)


Texto extraído da 1ª edição desse livro.

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