O Caminho Escritura do Espiritismo Cristão
Doutrina espírita - 2ª parte.

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Opúsculos — F. C. Xavier — Carlos Augusto ©

(Texto extraído da 1ª edição desse livro — 1994.)

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Pingo de luz n


   SUMÁRIO
PREFÁCIO - Emmanuel
CAPÍTULOS I A XL - pensamentos


IDENTIFICAÇÃO

CARLOS AUGUSTO, também conhecido pelo nome de Gugu, chama-se Carlos Augusto Ferraz Lacerda, é filho do médico Dr. Oswaldo Lacerda, de saudosa memória e de D. Ynayá Ferraz Lacerda, residente na Capital do Rio de Janeiro. Carlos Augusto faleceu no desabamento do Cine Rink, em Campinas, Estado de São Paulo, em 16 de setembro de 1951. — Nota do Médium.




Prefácio
PINGO DE LUZ

Leitor Amigo,
Imagina-te numa noite escura, numa estrada invadida de trevas. O lar ainda está distante. Os caminhos se entrecruzam. A bússola está presente, no entanto, em semelhante momento é uma preciosidade revestida de escuridão. Mas lembra-te de alguns fósforos que poupaste e vales-te de um deles acendendo humilde lanterna. Faz-se diminuta chama. É o pingo de luz que te clareia a direção e podes caminhar corretamente.


Este livro é comparável no tamanho estreito à lanterna acesa para a marcha. Cada frase ou trecho assemelha-se ao pingo de luz que nos ilumina o pensamento para a diretriz necessária. Pequeno escrínio contendo joias lapidadas por nosso amigo Carlos Augusto, aproveitemos as lições que nos descortina, lembrando as palavras de Jesus o nosso Divino Mestre, quando nos afirmou:
— “…Quem me segue não anda em trevas.” ( † )


Emmanuel

Uberaba, 20 de janeiro de 1994.





PENSAMENTOS

1 Com os jovens do cotidiano, não lhes estranhes as expressões sentimentais quando semelhantes explosões venham a ocorrer.
Não devemos desconhecer que a juventude na Terra é um caminho difícil de transitar.


2 São tantas e tamanhas as pedras da estrada que mais vale a serenidade em qualquer julgamento, porquanto, essa ou aquela apreciação nos momentos delicados, quase sempre, nos arrojam a opiniões precipitadas e imprudentes.


3 A vida não cessa de trazer-nos novas lições.


4 O amor vence a morte. A fé alivia a dor.


5 Contemos com a proteção de Jesus e com os calmantes do tempo.


6 Muita gente mostra madureza por fora, no entanto, conserva a infantilidade por dentro.


7 Somos jardineiros, colhendo rosas no espinheiral, semeadores compelidos a tolerar a lama do solo para que a nossa lavoura produza para o bem e, operários da luz, constrangidos a suportar o assédio da sombra, para que a nossa tarefa se faça proveitosamente cumprida. ( Idem )


8 Recebamos as pessoas difíceis de nossa estrada na condição de instrumentos de nossa própria melhoria.


9 Sei que a dor e a desilusão, de quando em quando, varrem a paisagem de nossa vida, arrebatando-nos flores preciosas que nos prometiam alegria e elevação…
Compreendo quanta aflição nos assalta em semelhantes lance da existência, contudo, é necessário nos sintamos resguardados na calma e na perseverança no bem.


10 Emergimos do passado com lutas enormes por vencer.


11 A jornada para a Vida Superior é qual se fosse grande assembleia de viajores que começam juntos elevado empreendimento, é a integração com Jesus.
No primeiro instante, muita gente…
Nas primeiras horas, festividade e júbilo, afirmações e promessas…
Depois, a caravana escasseia em quantidade…
Só a qualidade persevera…
E ante as inquietações e responsabilidades que se aliam ao regozijo fácil, permanecem apenas aqueles que fazem da Cruz do Divino Mestre o motivo central da vida, peregrinando com firmeza e fidelidade ao encontro da própria redenção. ( Idem )


12 Para vencer os obstáculos da estrada que se nos descerra ante os nossos objetivos de elevação, é preciso servir sem desanimar e compreender sem exigência.


13 Confiemos no Cristo, a fim de que o Cristo confie em nós.


14 A vitória espiritual no Plano Físico reclama o esquecimento de toda sombra, para que a luz não nos encontre inabordáveis. ( Idem )


15 Em qualquer dificuldade, asilemos o pensamento na oração.
Ante a luz da prece, os problemas se reduzem e a paz triunfa. ( Idem )


16 Sigamos com firmeza na realização de nossos ideais mas sem pressa…


17 Por agora, nossa peregrinação na Terra árida não consegue divisar o esplendor da meta…
Há muita neblina de inquietação e ansiedade, entre nós…
Apesar disso, caminhemos…


18 Saudade é anseio sem ser angústia, sede espiritual sem ser desespero. ( Idem )


19 Não existe problema sem razão.
Não existe grande sofrimento cujas causas não se entrelacem à distância.


20 Em conjunto adquirimos débitos que, no conjunto, — sob o nome de família, devemos ressarcir.


21 Atendamos às exigências das provas inevitáveis, recebendo na dor a presença de uma instrutora necessária.


22 Realizaremos o melhor, oferecendo o melhor de nós mesmos aos companheiros mais necessitados do que nós, que nos esperam no caminho em que transitamos.


23 O serviço de nosso próprio burilamento íntimo é obra essencial que nos cabe realizar.
E esse trabalho não pode ser efetuado senão na oficina da adversidade, em cuja forja de tentação e sofrimentos, problemas e lutas consolidamos a nossa fé.


24 Tenhamos o espírito em dia com o entendimento e a paciência.
Todas as sombras se desfarão. E a desarmonia é comparável à nuvem que acaba sempre por dissolver-se ao toque da energia solar.


25 Nas boas obras, a questão mais grave se resume no verbo — continuar, de vez que é difícil, pois, em qualquer obra digna, consagrada à beneficência, tão logo começada, aparecem os espinhos e problemas.


26 Onde estivermos, necessitamos de amor para compreender, paciência para servir sem reclamar, humildade para construir e coragem para aceitarmos os desígnios da Vida Superior, a fim de que a paz possível nos fortaleça.


27 Surgem para nós, na Terra, problemas e questões, comparáveis à sombra. E compreendamos que dentro da noite, qualquer movimentação é difícil.
Por mais acendamos a lâmpada, com a luz de nossas possibilidades reduzidas, há sempre trevas por todos os lados, desfavorecendo-nos a visão.
A alvorada de um novo dia, porém, chegará sempre.


28 Tolere com paciência as desilusões e os desencontros da caminhada.
Não desanime, nem desfaleça.
Os homens são os homens, mas Jesus é o nosso Divino Mestre.


29 A distância faz a separação e a separação traz o sofrimento.
A saudade de alguém segue para o coração desse alguém, com endereço exato, através das ondas que evoluem de alma para alma.


30 Correm os dias, multiplicam-se as experiências, surgem provações, mas o amor é inalterável.


31 A plantação de valores para a Vida Espiritual será realmente regada a suor e lágrimas se pretendemos obter a sublimação no campo íntimo.


32 Nos trechos espinhosos do caminho a seguir, procuremos servir e saibamos pensar.


33 No Mais Além igualmente, há dificuldades, enganos, desacertos e inibições, mas é preciso continuar trabalhando para conquistar o triunfo sobre nós mesmos…


34 Com a esperança, as águas caminham para a vastidão das grandes águas e, através dela, avançamos do berço para as experiências maiores.


35 Esmorecer é dificultar ou perder.


36 O perigo no caminho que fomos chamados a trilhar é aquele das companhias menos desejáveis que habitualmente nos alteram os propósitos e os pensamentos, sem que tenhamos imediata consciência de sua influenciação.


37 Quanto mais intenso se nos fizer o esforço de agir, segundo os ensinamentos de Jesus, mais ampla assistência receberemos de Jesus para a concretização de nossos projetos.


38 Não nos encontramos reunidos por acaso nas ações e provações da atualidade…
O hoje é um eco do ontem


39 Quantos dissabores serão evitados com a medicação preventiva da prece!…


40 O exemplo nobre é o capítulo mais luminoso no livro de nossa vida…


Carlos Augusto




[1] Essa pequena brochura impressa, em tipos grandes, é toda ilustrada com expressivas fotos coloridas. Seus capítulos, em algarismos romanos de I a XL, foram substituídos por indicadores com números arábicos.


Texto extraído da 1ª edição desse livro.

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