O Caminho Escritura do Espiritismo Cristão
Doutrina espírita - 2ª parte.

Índice | Página inicial | Continuar

O Espírito de Cornélio Pires — Cornélio Pires — F. C. Xavier / Waldo Vieira / Elias Barbosa


n


(6)

A mensagem e a resposta

1 Dava dó ver o Sítio do Espigão!
O velho dono, o Nico do Norato,
Desanimou de chão; tudo sem trato,
Só carrapicho e mancha de pulgão.


2 Um dia, a fome veio de arrastão
E o povo aflito, andando pelo mato,
Começou a comer carne de gato
Refogada no sumo de picão.


3 O patrão foi à prece… Pediu passes,
Um guia aconselhou por João de Casses:
— “Meus filhos, o trabalho é o nosso bem.”


4 Mas Nico disse irado: — “Acaba isso!
Nós pedimos socorro e não serviço…
Ninguém aqui é burro de ninguém!”




7 Alguém gravou no carneiro
Do velho Joaquim Lobão:
— Ensinava abstinência,
Morreu numa indigestão.


8 Da lousa do mestre Armando,
Há muito tempo esquecido:
— Este viveu ensinando
Sem nunca ter aprendido.


9 Lalau liquidou Quinquim
Com veneno no mingau,
Mas hoje Quinquim é o neto
Que vai herdar de Lalau.


10 Quem mata o tempo na vida,
Por muito que se conforte,
Acaba enterrado em vida
Muito tempo antes da morte.


Cornélio Pires


Texto extraído da 1ª edição desse livro.

Abrir