O Caminho Escritura do Espiritismo Cristão
Doutrina espírita - 2ª parte.

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O Consolador — Emmanuel.


Definição.

1. — Na reunião de 31 de outubro de 1939, no Grupo Espírita “Luís Gonzaga”, de Pedro Leopoldo, um amigo do Plano Espiritual lembrou aos seus componentes a discussão de temas doutrinários, por meio de perguntas nossas à entidade de Emmanuel, a fim de ampliar-se a esfera dos nossos conhecimentos.


Consultado sobre o assunto, o Espírito Emmanuel estabeleceu um programa de trabalhos a ser executado pelo nosso esforço, que foi iniciado pelas duas questões seguintes:


2 — Apresentando o Espiritismo, na sua feição de Consolador prometido pelo Cristo, três aspectos diferentes: científico, filosófico, religioso, qual desses aspectos é o maior?

3 — Podemos tomar o Espiritismo, simbolizado desse modo, como um triângulo de forças espirituais.

A Ciência e a Filosofia vinculam à Terra essa figura simbólica, porém, a Religião é o ângulo divino que a liga ao Céu. 4 No seu aspecto científico e filosófico, a doutrina será sempre um campo nobre de investigações humanas, como outros movimentos coletivos, de natureza intelectual que visam o aperfeiçoamento da Humanidade. 5 No aspecto religioso, todavia, repousa a sua grandeza divina, por constituir a restauração do Evangelho de Jesus Cristo, estabelecendo a renovação definitiva do homem, para a grandeza do seu imenso futuro espiritual.


Emmanuel




6 — A fim de intensificar os nossos conhecimentos relativamente ao tríplice aspecto do Espiritismo, poderemos continuar com as nossas indagações?

7 — Podereis perguntar, sem que possamos nutrir a pretensão de vos responder com as soluções definitivas, embora cooperemos convosco da melhor vontade.

8 Aliás, é pelo amparo recíproco que alcançaremos as expressões mais altas dos valores intelectivos e sentimentais.

9 Além do túmulo, o Espírito desencarnado não encontra os milagres da sabedoria, e as novas realidades do Plano imortalista transcendem aos quadros do conhecimento contemporâneo, conservando-se numa esfera quase inacessível às cogitações humanas, escapando, pois, às nossas possibilidades de exposição, em face da ausência de comparações analógicas, único meio de impressão na tábua de valores restritos da mente humana.

10 Além do mais, ainda nos encontramos num plano evolutivo sem que possamos trazer ao vosso círculo de aprendizado as últimas equações, nesse ou naquele setor de investigação e de análise. É por essa razão que somente poderemos cooperar convosco sem a presunção da palavra derradeira. 11 Considerada a nossa contribuição nesse conceito indispensável de relatividade, buscaremos concorrer com a nossa modesta parcela de experiência, sem nos determos no exame técnico das questões científicas, ou no objeto das polêmicas da Filosofia e das religiões, sobejamente movimentados nos bastidores da opinião, para considerarmos tão somente a luz espiritual que se irradia de todas as cousas e o ascendente místico de todas as atividades do Espírito humano dentro de sua abençoada escola terrestre, sob a proteção misericordiosa de Deus.


Emmanuel




12 As questões apresentadas foram as mais diversas e numerosas. Todos os componentes do Grupo, bem como outros amigos espiritistas de diferentes pontos, cooperaram no acervo das perguntas, ora manifestando as suas necessidades de esclarecimento íntimo, no estudo do Evangelho, ora interessados em assuntos novos que as respostas de Emmanuel suscitavam.

13 Em seguida, o autor espiritual selecionou as questões, deu-lhes uma ordem, catalogou-as em cada assunto particularizado, e eis aí o novo livro.

14 Que as palavras sábias e consoladoras de Emmanuel proporcionem a todos os companheiros de doutrina o mesmo bem espiritual que nos fizeram, são os votos dos modestos trabalhadores do Grupo Espírita “Luís Gonzaga”, em Pedro Leopoldo, Minas Gerais.


Pedro Leopoldo, 8 de março de 1940.


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