O Caminho Escritura do Espiritismo Cristão
Doutrina espírita - 2ª parte.

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Novos horizontes — Familiares diversos


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Augusto Cezar Netto

Augusto Cezar Netto retorna uma vez mais às páginas de consolação, acompanhado dos agradecimentos do Dr. Bezerra de Menezes, em reconhecimento ao trabalho que projeta a participação de sua mãe Yolanda Cezar e dos abençoados tarefeiros do Lar Oficina Augusto Cezar no amparo aos que carecem da mão e do coração amigos. [vide cap. 10]

Não se posiciona aqui a presença pelo talento, mas, o empenho na caridade em distribuir o que o amor coleta para a segurança de quem se vê privado do alimento material e espiritual.

Augusto Cezar suplantou-se quando abraçou com discernimento e consciência a responsabilidade em participar no engrandecimento e no reajuste dos que recorrem à presença dos afortunados da paz.

Ganha-se o céu quando este céu está no nosso interior, encontra-se em seu caminho as benesses da fraternidade e da solidariedade.

Realizam-se obrigações e deveres, acampa-se no terreno do bem e ilustra-se no Evangelho de Jesus, na prática do dia a dia, a vontade de servir com o Mestre.




Mensagens: 16 de dezembro de 1993 e 18 de dezembro de 1993.

Augusto Cezar Netto:
Nascimento: 27 de setembro de 1942.
Desencarnação: 27 de fevereiro de 1968.

Pais:
Yolanda Cezar e Raul Cezar (desencarnado).
Rua Marcos Lopes, 204 — CEP 04513-080 — São Paulo — SP.

Flavinha Silva de Jesus — Neta de Yolanda Cezar.

Wanda Biasaventi — Sobrinha de Yolanda Cezar.


1ª Mensagem


1 Querida mãezinha Yolanda, Jesus nos abençoe.
2 Com essa petição das bênçãos de Jesus em nosso benefício, referindo-me a todos presentes, peço-lhe receber aquele beijo estalado de carinho e confiança do seu filho, que vem ao seu encontro e ao encontro dos nossos, descerrar a luz que nos reúne a todos, em homenagem a Jesus.

3 O beijo estalado, para nós ambos, significa que regressamos à tranquilidade, depois do aguaceiro de suor e pranto suscitado pelos problemas da enfermidade do papai Raul que nos movimentou as energias no grande período de provação que, felizmente, já passou.

4 Retornamos, igualmente, à nossa festa de orações e corações que o Aniversário do nosso Divino Amigo estabelece.
Em verdade, quiséramos ofertar ao Senhor algo que significasse o nosso reconhecimento pelas bênçãos que nos concede.

5 Em vista de nossa escassez de recursos na Terra, a fim de testemunhar-Lhe a nossa gratidão, os Mensageiros d’Ele nos permitiram criar estas horas de esperança e união fraternal em que nos sintamos verdadeiramente irmãos uns dos outros. 6 Por isso, a beneficência não é somente a nossa festa de alegria, mas representa, igualmente, o nosso agradecimento, em que Lhe sentimos a Divina Presença, junto aos nossos irmãos necessitados e sofredores.

7 Natal é o dia padrão que nos lembra a possibilidade de viver em paz na Terra, cultivando o amor que Ele, Jesus, nos legou. 8 Natal é o mostruário do que poderíamos fazer, todos os dias, na convivência uns com os outros, extinguindo o antagonismo e os conflitos que ainda existem entre as criaturas.

9 Agradeçamos a possibilidade de conhecer e viver esta verdade, na essência da fraternidade que ensinamos ou apregoamos, todos os dias.
Estou feliz, reconhecendo a união que vivenciamos agora, mostrando ao mundo que Jesus continua entre nós.

10 Em meio do meu contentamento, abro aqui algo semelhante ao parêntese para trazer-lhe as notícias de meu pai que vai se restabelecendo com segurança. Ele agora já recobrou a consciência da sua própria situação pessoal e espero que, nesta semana, ele se identifique mais profundamente com o seu amado coração e com todos os que, ao seu lado, celebram no natalício de Jesus a nossa felicidade em poder usufruir o privilégio de servi-Lo nas pessoas daqueles que se acham flagelados ou crucificados no madeiro da necessidade e do sofrimento.

11 Agradeço, querida mãezinha, a sua dedicação ao bem do próximo e osculo, com o meu agradecimento, todos os companheiros e todas as irmãs que lhe assessoram o trabalho e que se irmanam sob este abençoado teto de paz e amor.

12 Caminhemos pois em abençoada união, mais uma vez, para a festa do Natal que consiste em doar o melhor de nós mesmos em favor dos irmãos desalentados e esquecidos, atormentados em provações amargas ou distanciados da fé viva e do reconforto, que nos aguardam, em nome do Senhor, para um dia que deve ser o modelo de todos os outros dias na experiência comum.

13 A Flavinha, que passou a ser nossa companheira habitual, é a representante, com a nossa Wanda, de minhas irmãs que se acham aqui conosco em pensamento.

14 E agradeçamos a Deus mais este Natal de alegrias e bênçãos, que nos honra a vontade de servir, conforme os ensinamentos herdados de nosso Divino Mestre.

15 E, de minha parte, mãezinha Yolanda, termino esta carta de filho agradecido, que está sempre ao seu lado na travessia dos caminhos que o Céu nos permite percorrer. Com as esperanças e saudades que retenho no coração, mais uma vez lhe beija enternecidamente a alma querida, o filho e seu companheiro de sempre.


Augusto


2ª Mensagem


1 Querida mãezinha Yolanda, Jesus nos abençoe.

2 Estamos felizes com a realização que o seu carinho promoveu em benefício dos nossos irmãos em provações maiores do que as nossas.

3 Compreendo o meu dever de expressar o reconhecimento que nos vai nos corações agradecidos. O milagre do trabalho, porque existe sim o milagre da ação resultante das mãos unidas, para fazer o melhor em favor dos outros, porquanto, na Terra é difícil congregar esforços para um fim humanitário, desinteressadamente.

4 Agradeço quanto foi feito no amparo à nossa grande família humana, no círculo de nossas afeições. Tantas criaturas reunidas sem atritos e sem queixas, representam um abençoado cometimento em nossas esperanças de colaborar na construção de um Mundo Melhor.

5 Sou muito grato, querida mãezinha, por todas as demonstrações de entendimento e renúncia, dentro do nosso Grupo, que resultou na grande comemoração do Aniversário de nosso Eterno Amigo.

6 Confesso-lhe que, em muitos lances do serviço que efetuaram, recordei meu pai doente e novamente agradeci, em pensamento, as mãos que o ampararam. É preciso ver um ente amado caído em problemas orgânicos e perturbações outras, para sabermos quanto valem a solidariedade e o auxílio espontâneo.

7 Por isso mesmo, na presente homenagem a Nosso Senhor e Divino Mestre, mais sensibilizado me vi ante o desdobramento das atividades de nossa equipe dedicada ao Bem, sem qualquer ideia de remuneração.

8 Renovei-me, porquanto, me reconheci também necessitado de apoio e de bondade dos amigos que nos honraram com o verdadeiro concurso fraterno. 9 Sigo numa estrada nova, a estrada de quem doa o melhor de si mesmo, sem pensar em receber nem mesmo os estímulos das opiniões elogiosas de qualquer natureza.

10 Louvado seja Deus que concedeu a este seu filho do coração, um novo modo de pensar. Julguei que estava numa condição adiantada de aluno de beneficência, ao entregar-me com o seu carinho aos atos de compreensão e caridade, mas agora observo que necessito trabalhar muito mais para que me possa verem melhores condições nas leis evolutivas.

11 Mãezinha querida, receba estas minhas considerações como sendo as confidências de seu filho denodado a fazer-se melhor do que supunha ser.

12 E Deus recompense a todos os nossos irmãos e irmãs do nosso Lar Oficina, de vez que formaram para mim os companheiros que me induzem à renovação e à melhoria a que aspiro encontrar. Abençoada noite consagrada ao Natal que me ensinou quanto valem a harmonia benemérita, a humildade e o perdão.

13 Antes de nossa reunião na noite passada, em que vi tantos sofredores reunidos, pensava que era melhor do que sou agora e hoje reconheço que é preciso servir e entender mais, a fim de merecer a generosidade de tantos amigos e tantas irmãs que nos incentivam no trabalho de cada dia.

14 O que digo é uma confissão de alma para alma, porquanto, tenho recebido o diploma da confiança de tanta gente que me honra com chamados de auxílio e consolação e devo ser o companheiro de todos esses Espíritos dedicados que me hipotecam confiança e carinho.

15 Aí está, querida mãezinha Yolanda, a minha grande novidade: servir mais para ser realmente o mensageiro de paz e reconforto, onde tantos me solicitam cooperação. Aqui fica o meu reconhecimento a todos os nossos companheiros que me despertam para a responsabilidade de ser, em verdade, o colaborador que eles julgam que eu seja.

16 Muito grato, querida mamãe, por tudo, por todas as suas bênçãos de trabalho e de amor para que me eleve à condição em que realmente devo estar.

17 Com agradecimento a todos os nossos irmãos de compromisso nas tarefas espirituais, beija-lhe o coração e as mãos quem se honra de sua companhia e em ser seu filho e servidor de Jesus, sempre seu,


Augusto


Rubens S. Germinhasi


Texto extraído da 1ª edição desse livro.

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