O Caminho Escritura do Espiritismo Cristão
Doutrina espírita - 2ª parte.

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Livro da Esperança — Emmanuel


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Na hora da assistência

“Mas quando fizeres convite, chama os pobres, aleijados, coxos e cegos.” — JESUS — Lucas, 14.13.


“Auxiliai os infelizes o melhor que puderdes.” — Cap. XIII, 9.


1 Nas obras de assistência aos irmãos que nos felicitam com as oportunidades do serviço fraterno, em nome do Senhor, vale salientar a autoridade amorosa do Cristo que no-los recomendou.

2 Ao recebê-los à porta, intentemos ofertar-lhes algumas frases de conforto e bom ânimo, sem ferir-lhes o coração, ainda mesmo quando não lhes possamos ser úteis.

3 Visitando-lhes o lar, diligenciemos respirar-lhes o ambiente doméstico, afetuosamente, reconhecendo-nos, na intimidade da própria família, que nos merece respeito natural e cooperação espontânea, sem traços de censura.

4 Em lhes servindo à mesa, fujamos de reprovar-lhes os modos ou expressões, diferentes dos nossos, calando apontamentos desprimorosos e manifestações de azedume, o que lhes agravaria a subalternidade e a desventura.

5 Socorrendo-lhes o corpo enfermo ou dolorido, reflitamos nos seres que nos são particularmente amados e imaginemos a gratidão de que seríamos possuídos, diante daqueles que os amparassem nos constrangimentos orgânicos.

6 Se aceitamos a incumbência de provê-los nas filas organizadas para a distribuição de favores diminutos, preservemos o regulamento estabelecido, com lhaneza e bondade, sem fomentar impaciência ou tumulto; e, se alguns deles, depois de atendidos, voltarem a nova solicitação, recordemos os filhos queridos, quando nos pedem repetição do prato, e procuremos satisfazê-los, dentro das possibilidades em mão, sem desmerecê-los com qualquer reprimenda.

7 Na ocasião em que estivermos reunidos, em equipes de trabalho, a fim de supri-los, estejamos de bom humor, resguardando a disciplina sem intolerância e cultivando a generosidade sem relaxamento, na convicção de que, usando a gentileza, no veículo da ordem, é sempre possível situar os tarefeiros do bem, no lugar próprio, sem desaproveitar-lhes o concurso valioso.

8 Nós que sabemos acatar com apreço e solicitude a todos os representantes dos poderes transitórios do mundo e que treinamos boas maneiras para comportamento digno nos salões aristocráticos da Terra, saibamos também ser afáveis e amigos, junto dos nossos companheiros em dificuldades maiores.

9 Eles não são apenas nossos irmãos. São convidados de Cristo, em nossa casa, pelos quais encontramos ensejo de demonstrar carinho e consideração para com Ele, — o Divino Mestre, — em pequeninos gestos de amor.


Emmanuel


Texto extraído da 1ª edição desse livro.

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