O Caminho Escritura do Espiritismo Cristão
Doutrina espírita - 2ª parte.

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Família — Autores diversos


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Infância

1 Muitos psicólogos modernos acreditam que as crianças devem ser entregues à inclinação espontânea, cabendo aos adultos o dever de auscultar-lhes a vocação, a fim de auxiliá-las a exprimir os próprios desejos.


2 Esquecem-se, no entanto, de que o trabalho e a reflexão vibram na base de todas as ações alusivas ao aprimoramento da natureza.


3 Se o cultivador aguarda valioso rendimento da planta, há que propiciar-lhe adubo e carinho.

4 Se o estatuário concebe a formação da obra prima, não prescinde do amor no trato da pedra.

5 Se o oleiro aspira a plasmar uma ideia no corpo da argila, necessita condicioná-la em fôrma conveniente.

6 Se o construtor espera segurança e beleza no edifício que lhe atende à supervisão, não pode afastar-se da disciplina, ante o plano traçado:


7 Toda obra revela a fisionomia espiritual de quem a executa.

8 Além disso, treinam-se potros para corridas, instruem-se muares para tração; exercitam-se pombos para correio e amestram-se cães para tarefas salvacionistas.

9 Como relegar a criança à vala da indiferença?

10 Do berço humano surgem muitos santos e heróis, para tarefas sublimes, no entanto, em maior proporção, aí respiram, na moldura de temporária inocência, almas comuns que suspiram por libertar-se da ignorância e da delinquência.

11 Instinto à solta na infância é passaporte para o desequilíbrio.


12 Menino em desgoverno — celerado em preparação.

13 Hoje, criança livre — amanhã, problema laborioso.

14 Pequeninos refletem grandes.
Filhos imitam pais.

15 Os hábitos da madureza criam a moda espiritual para a juventude.


16 Esclareçamos nossos filhos no livro do exemplo nobre.
Nem freio, que os mantenha na servidão, nem licença que os arremesse ao charco da libertinagem.

17 Em verdade, a criança é o futuro.
Mas ninguém colherá futuro melhor, sem frutos de educação.

Emmanuel


Texto extraído da 1ª edição desse livro.

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