O Caminho Escritura do Espiritismo Cristão
Doutrina espírita - 2ª parte.

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Excursão de paz — Autores diversos


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Droga na cantiga

1 Cantando por encomenda
Do apreço de muita gente,
Assunto dos mais difíceis
Tenho hoje pela frente:
A droga em veneno doce
Na vida do adolescente.


2 Amigos, além da morte
Lastimam a derrocada…
Tanto rapaz quase louco,
Tanta menina largada!…
São milhares de esperanças
Que vão caindo na estrada.


3 Por que tanta gente moça
Atolada em cocaína?
Tanto grupo de maconha
Traficando em tanta esquina?
Pensando nisso, sem Deus,
Qualquer sábio desatina.


4 No estudo assim tão difícil,
É preciso ponderar:
Essa fuga para as drogas
Onde é que foi começar?
As raízes do problema
Estão por dentro do lar.


5 Examinando a questão,
Quando nela me concentro,
No homem, vejo a fachada,
Na mulher, encontro o centro;
O homem lida por fora,
A mulher constrói por dentro.


6 Para achar as grandes mães,
Não preciso luz acesa,
A Terra deve à mulher
A sua própria grandeza,
Mãe, esposa, irmã e filha
São luzes da natureza.


7 Entretanto, antigamente,
Nossas mães em maioria
Suportavam sofrimento
Com serena valentia
E pela renúncia delas
O mundo se garantia.


8 Mesmo que o homem trocasse
O amor por perturbação,
A mulher, junto aos meninos,
Era luz e coração,
Aceitando sacrifícios
Tão amargos, tais quais são.


9 Os pequenos, junto delas,
Envolviam-se de amor,
Nossas mães pela criança
Não viam lama, nem dor…
A meninada crescia
Em clima superior.


10 Que o homem se mergulhasse
Em traição a granel,
A mulher, dentro de casa,
Engolia fogo e fel;
Resguardando o próprio lar,
Ao lar, vivia fiel.


11 Mas hoje, muitas irmãs
Se o homem cai uma vez,
Elas procuram distância
Para caírem mais três;
Quando um homem diz: “Eu truco”,
Elas gritam: “Vale seis”.


12 Sempre existiram crianças
Roubadas, tristes, cativas,
No entanto, agora assinalo,
Sem receios e evasivas:
Os meninos que mais sofrem
São os órfãos de mães vivas.


13 Se um homem larga o dever,
Em atitude insincera,
Muita mulher grita logo:
“Fidelidade já era…”
Deixa a casa e perde o nome
Para chamar-se pantera.


14 Sem mãe amiga que a ouça
Nas lutas em que se afoga,
Para as sombras da aventura
A meninada se joga;
A solidão pede fuga
E surgem droga e mais droga.


15 Da mulher é que se espera
Mais atenção com Jesus
Para salvar os mais jovens
Do veneno que os seduz,
Porque homem, — homem mesmo, —
Por si, nunca deu à luz.


Leandro Gomes de Barros


Texto extraído da 1ª edição desse livro.

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