O Caminho Escritura do Espiritismo Cristão
Doutrina espírita - 2ª parte.

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Colheita do bem — Mensagens familiares do Prof. Arthur Joviano (Neio Lúcio) e outros


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Reconquista da saúde

16/03/1949


1 Meus caros filhos, Deus abençoe a vocês, ao lado dos nossos amigos presentes, concedendo ao General Aurélio e à nossa irmã Júlia muita alegria e bem-estar.

2 Estamos deveras encorajados com as melhoras positivas do nosso estimado General, que vai recuperando as energias com tanta segurança. Não confiarmos o pensamento ao comando da enfermidade é alta percentagem de reconquista da saúde. A ideia dominante constitui força de inapreciável poder na realização individual.

3 A vida humana em si, repetiremos sempre para vocês, é um aprendizado de grandes proporções. Uma das grandes lições que poderíamos colher e fixar dentro dela é a do controle da mente, das situações e das circunstâncias. Se a criatura ainda na luta carnal pudesse compreender toda a importância disso, certo se desvelaria em utilizar grande tempo para efetuar semelhante conquista em edificação isolada.

4 Sem esforço individual é difícil, ou quase impossível, atingir os objetivos de luz e paz que buscamos, porque a religião é igual ao educandário. Não é o colégio que constrói a competência profissional, propriamente considerando, e sim o aprendiz, que aproveitando os recursos do colégio se faz valoroso e grande, respeitável e nobre na profissão escolhida. 5 Assim ocorre igualmente em qualquer campo de fé — não é o conjunto de ensinos e revelações que impõe engrandecimento à alma e sim a alma que, usando os recursos religiosos, consegue ultrapassar os padrões de humanidade, colocando-se a caminho da sublimação. Por aí verificamos a expressão de base de que a nossa atitude se reveste na vida comum. 6 Dominarmo-nos para servir eficazmente ao bem deve ser nosso programa diário. É indispensável nos reeduquemos nesse roteiro, com paciência e habilidade, para sermos mais úteis e abençoados aqui. 7 Dentro de nossa Esfera, possuímos igualmente certa medida de forças mobilizáveis com limitação de tempo, que se diferencia em cada um. Muita gente, porém, gasta, em nossos círculos, a maior parte do tempo em difíceis readaptações por inobservância das sugestões de autocontrole que a experiência humana oferece. 8 Somos canais, em verdade, através dos quais se manifestam os imperativos do desígnio superior, mas somos também reservatórios e nessa condição devemos saber guardar nossas forças para distribuí-las com geral proveito. 9 Tais considerações vieram a exame por ser proveitosas a nós todos na apreciação do tratamento de nosso prezado amigo. Se o General Aurélio não tivesse reagido a tempo, se houvesse consagrado a mística da enfermidade por norma de cada dia, certamente teria adquirido um manancial de queixas inúteis, mas, felizmente, para ele e para nós, que nos edificamos em seus exemplos de trabalho e orientação digna, a sua mente não adormeceu… Fortaleceu-se, cresceu, senhoreou o corpo e vemo-lo naturalmente quase reintegrado na sua posição de comando dos próprios caminhos. 10 Não temos, assim, — e aqui falo por vários amigos seus — senão a indicação dessas mesmas diretrizes para o seu tratamento atual. Use as medicações que lhe forem designadas pelos benfeitores que o assistem, todavia, esteja convencido de que acima dos remédios reina a medicina da alma, que não ignora o poder da vontade operosa e fortalecida. 11 Pouco a pouco, momento a momento, minuto a minuto, dia a dia, conseguiremos tudo o que existe de nobre e elevado aos nossos desejos. Não esmoreça o nosso companheiro e em breve reconhecerá a oportunidade precisa de suas reações em favor de si mesmo. Quanto à nossa interferência amiga, convença-se de que o nosso concurso é diário, ativo e permanente.

12 Rômulo, meu filho, felicito a você pelo serviço magnético de alívio e cura. Mais tem o Senhor para dar-nos toda vez que bem aplicamos as dádivas recebidas. Grande é a sua luta em todos os setores, mas sem luta benéfica na esfera em que nos encontramos associados em serviço a vida se faz desinteressante ou tediosa. 13 A luta é o meio, a experiência é o fim. De experiência a experiência atingiremos a meta a que nos propomos. 14 A ordem de “Cima” é de marcha. Daí a minha prece reiterada a Jesus para que vocês saibam caminhar para a frente nessa jornada espinhosa e florida, difícil e bela, exaustiva e gloriosa. A flor, a beleza e a glória, por enquanto, não são visíveis aos olhos de vocês, mas um dia verão “a outra face” e entenderão com facilidade as minhas humildes palavras.

15 Continuo na missão de trabalhar por todos, com entusiasmo, e de servir com certa dificuldade aos que amamos. Nesse roteiro, vou seguindo, por minha vez, entre a expectativa e a esperança. Que Jesus nos abençoe e fortifique.

Desejando-lhes a todos muita felicidade e bom-ânimo, deixa-lhes afetuoso abraço o papai muito amigo de sempre,


A. Joviano


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