1 No vetusto solar da longínqua Provença,
Ao pajem disse a dama, ante pálida lua:
— “Nunca te esquecerei!… Sou tua, sempre tua!…” n
No outro dia, porém, deu-lhe escárnio e descrença.
2 Relegado no campo ao suor da charrua,
Entre a mágoa do amor e a humilhação da ofensa,
O jovem busca a morte… A morte, em sombra imensa, n
Endoidece-lhe o sonho e a vida continua…
3 Mais tarde, a castelã parte igualmente e, ao vê-lo,
Desgrenhado e infeliz, no infeliz pesadelo, n
Implora outra existência à Bondade Divina…
4 Hoje, mãe triste e pobre, em lágrimas no arado,
Aconchega no colo um menino entrevado
Que a doença consome e a loucura domina. |