O Caminho Escritura do Espiritismo Cristão
Doutrina espírita - 2ª parte.

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Alma e Luz — Emmanuel


11

Pilatos

“Mas entregou Jesus à vontade deles.” — (Lucas, 23.25)


1 Pilatos hesitava. Seu coração era um pêndulo entre duas forças poderosas…

2 De um lado, era a consciência transmitindo-lhe a vontade superior dos Planos Divinos, de outro, era a imposição da turba ameaçadora, encaminhando-lhe a vontade inferior das Esferas mais baixas do mundo.

3 O infortúnio do juiz romano foi entregar o Senhor aos desígnios da multidão mesquinha.

4 Na qualidade de homem, Pôncio Pilatos era portador de defeitos naturais que nos caracterizam a quase todos na experiência em que o nobre patrício se encontrava, mas como juiz, naquele instante, seu imenso desejo era de acertar.

5 Queria ser justo e ser bom no processo do Messias Nazareno, entretanto, fraquejou pela vontade enfermiça, cedendo à zona contrária ao bem.

6 Examinando o fenômeno, todavia, não nos move outro desejo senão de analisar nossa própria fragilidade.

7 Quantas vezes agimos até ontem, ao modo de Pilatos, nas estradas da vida? Imaginemos o tribunal de Jerusalém transportado ao nosso foro íntimo.

8 Jesus não se punha contra o nosso exame, mas, esperando pela nossa decisão, aí permanece conosco a Sua ideia Divina e Salvadora.

9 Qual aconteceu ao juiz, nosso coração transforma-se em pêndulo, entre as exortações da consciência eterna e as requisições dos desejos inferiores.

10 Quase que invariavelmente, entregamos o pensamento de Jesus às zonas baixas, onde sofre a mesma crucificação do Mestre.

11 Vemos assim que Pilatos converteu-se em profundo símbolo para a caminhada humana.


Emmanuel


Texto extraído da 1ª edição desse livro.

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