O Caminho Escritura do Espiritismo Cristão
Doutrina espírita - 2ª parte.

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Aceitação e vida — Margarida Soares


Capítulo 7

Pedro Leopoldo — 1554

1. — Amor: ave celeste.

1 Que a bênção de Nossa Mãe Santíssima nos envolva em sua Divina Luz.

2 Passa o tempo, mas o amor sempre fica.

3 Intacto, crescente, sublime, à maneira de ave celeste induzindo-nos à mais alta comunhão com a verdadeira felicidade.

4 E ainda que as nossas lutas se agigantem e que as nossas tarefas se multipliquem, há sempre lugar e tempo para o amor, que é para o nosso espírito o que a seiva representa na economia da árvore.


2. — Perseverar com Jesus.

1 Grandes tempestades têm fustigado nossos ideais, bem reconhecemos.

2 Testemunhos enormes de renunciação têm sido reclamados de nossa alma de mulher, pelas forças da vida.

3 Graças a Jesus, porém, nossa fé persiste firme e inquebrantável.

4 Nós, na Espiritualidade, não esperávamos uma atitude diferente. Contávamos com a confiança no Alto e a confiança não falhou.

5 Roguemos ao Senhor para que esta diretriz não sofra mudanças, para que nosso espírito, mais tarde, em vitória plena, possa ser contado entre aqueles que souberam perseverar com Jesus até o fim.


3. — Motivemo-nos sempre.

1 Imaginamos as hesitações na hora presente, de virtual transição. Mas, não vacilemos! 2 Admitamos que o trabalho é uma conquista, conquista que não deveremos desprezar. 3 Sabemos que a solidariedade familiar aliada à lembrança dos amigos poderão eximir-nos, durante a viuvez, do esforço na atividade remunerada.

4 Entretanto, não é o problema da remuneração material que estamos observando, e sim, o imperativo de interesses e motivações para a nossa mente e para o nosso coração, na atualidade.


4. — Libertemo-nos.

1 A cabeça algemada às recordações angustiosas costuma derrotar as melhores esperanças do coração.

2 Por isso mesmo todos necessitamos de trabalho que nos enriqueça o campo mental, a fim de que a tristeza e a aflição não nos absorvam a vida. 3 Libertemo-nos, trabalhando e servindo no bem.


5. — Soldados do esforço próprio.

1 Quaisquer que sejam os problemas que passam agora à nossa frente, continuemos valorosos em nossa luta, abraçados ao serviço que tanto nos dignifica o caminho de mulher. 2 Não nós importa a oficina. Nessa ou naquela, o essencial é que sejamos soldados do esforço próprio, oferecendo à vida e ao mundo a quota de nossa colaboração.


6. — O valioso calmante.

1 Acompanhando a luta de nossos filhos, peçamos calma ao nosso próprio carinho maternal. 2 Acreditamos que à face de qualquer enigma, compete-nos orar em favor deles, dispondo-nos a ser-lhes úteis em qualquer circunstância. 3 Bastas vezes não se trata de questões solúveis através da palavra, mas sim por intermédio da proteção de Deus e do tempo que é o mais valioso calmante das provações.


7. — O precioso ornamento.

1 Os filhos adolescentes devem merecer a nossa melhor atenção. Ajudemo-los com os nossos apontamentos afetuosos, indicando-lhes, sem desanimar, os horizontes da felicidade real. 2 Sabemos que nem sempre podemos tudo compreender enquanto a mocidade física inflama a fogueira dos sonhos em nosso coração. 3 Raros sabem e podem ser jovens de corpo e maduros de espírito, ao mesmo tempo. 4 Não podemos, então, esquecer que a paciência é o mais precioso ornamento do coração materno. Aguardemos a passagem dos dias incessantes.


8. — Disciplina e saúde.

1 Preservemo-nos no tocante à saúde, confiando-nos disciplinadamente ao tratamento indicado.


9. — Recursos de amor.

1 Formulemos ardentes votos a Jesus para que concluamos os nossos estudos com a eficiência desejada, a fim de que a habilitação necessária nos confira novos recursos de amor no campo profissional.


10. — Alvorada eterna.

1 Muitas vezes, nossos corações receberam do Senhor um trabalho mais longo, mais vasto, porque mais doloroso e mais sacrificial. Não desanimemos, pois.

2 Não existe noite sem alvorada e, um dia, alcançaremos com Jesus, a alvorada que não terá noite.


11. — O Espinheiro.

1 As mãezinhas desencarnadas muitas vezes estão conosco, abraçando-nos preocupadas e aflitas, porque onde haverá sossego para quem recebeu no mundo a coroa de mãe? Eis que nos pedem coragem e serenidade, recomendando-nos muita confiança no Poder Divino, porque o homem de bem, nas tarefas terrenas, vive sempre no espinheiro da responsabilidade e da aflição.


12. — Dever e paz.

1 Voltemo-nos para as atividades normais, fortalecidos e restaurados.

2 A maior paz que se pode recolher do mundo é aquela que nasce do dever bem cumprido.

3 Jesus nos guarde em seu carinho de Irmão da Eternidade.


Margarida


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