O Caminho Escritura do Espiritismo Cristão.
Doutrina espírita - 1ª parte.

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Revista espírita — Ano IV — Agosto de 1861.

(Idioma francês)

Dissertações e ensinos espíritas.


Jean-Jacques Rousseau.

(Médium – Sra. Costel.)

Nota. – A médium estava ocupada com assuntos alheios ao Espiritismo; dispunha-se a escrever sobre assuntos pessoais, quando uma força invisível a compeliu a dissertar o que segue, malgrado o seu desejo de continuar o trabalho começado. É o que explica o início da comunicação:


“Eis-me aqui, embora não me chamasses. Venho falar-te de coisas muito estranhas às tuas preocupações. Sou o Espírito Jean Jacques Rousseau. Há tempos esperava a ocasião de me comunicar contigo. Escuta, pois.

 “Penso que o Espiritismo é um estudo puramente filosófico das causas secretas dos movimentos interiores da alma, pouco ou nada definidos até agora. Explica, mais ainda do que descobre, horizontes novos. A reencarnação e as provas sofridas antes de alcançar o fim supremo não são revelações, mas uma confirmação importante. Estou comovido pelas verdades que esse meio põe à luz. Digo meio intencionalmente, porque, a meu ver, o Espiritismo é uma alavanca que afasta as barreiras da cegueira. A preocupação das questões morais está inteiramente por nascer. Discute-se política, que move os interesses morais; discute-se os interesses privados; apaixona-se pelo ataque ou pela defesa das personalidades; os sistemas têm seus partidários e seus detratores, mas as verdades morais, as que constituem o pão da alma, o alimento da vida, são deixadas na poeira acumulada pelos séculos. Aos olhos da multidão, todos os aperfeiçoamentos são úteis, salvo os da alma; sua educação, sua elevação são quimeras, boas só para deleitarem os sacerdotes, os poetas, as mulheres, seja como modo, seja como ensinamento.

“Se o Espiritismo ressuscitar o espiritualismo, devolverá à sociedade o impulso que a uns dá a dignidade interior, a outros a resignação e a todos a necessidade de se elevarem para o Ser Supremo, esquecido e ignorado pelas criaturas ingratas.


Jean-Jacques Rousseau. n



[1] [v. Jean Jacques Rousseau.]


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