Índice n
(Salmos: Capítulos 1 a 41.) Livro
dos Salmos I. | Salmo
1. | Salmo doutrinal. | Os justos são ditosos; e os maus são infelizes.
| Salmo 2. | Salmo profético
em que se descreve o estabelecimento do reino de Jesus Cristo contra
todos os esforços dos homens. | A Cristo, reide todas as nações hão
de obedecer todos os que desejam a salvação. | Salmo
3. | David neste salmo se volta a Deus, e se fortifica nele contra
todos os insultos dos seus inimigos; seguro com as experiências passadas,
implora o seu auxílio, e lhe pede que novamente o defenda. | Salmo
4. | David perseguido dos seus inimigos põe a sua causa nas mãos
de Deus; e os exorta a que voltem sobre si, e se reconheçam, protestando
que só no Senhor tem posta toda a sua confiança e glória. | Salmo
5. | Pede David a Deus, que se digne ouvir os seus contínuos rogos,
e que, pois aborrece a iniquidade, lhe dê asilo na sua graça, e destrua
os seus inimigos e perseguidores, para que à vista disto se alegre a
sua Igreja, e tome matéria para louvá-lo. | Salmo
6. | David ultrajado por seus inimigos se volta a Deus implorando
a sua misericórdia; conta com a vitória, confiado na divina proteção.
| Salmo 7. | David patenteando
ao Senhor as injúrias que recebe de seus perseguidores, lhe pede o seu
socorro, e anuncia a sua ruína, com o que se prepara para mostrar o
seu agradecimento, e cantar-lhe os devidos louvores. | Salmo
8. | David neste salmo engrandece a admirável providência que Deus
usou com o homem, tanto na sua primeira criação, como na sua renovação
por meio de Jesus Cristo. | Salmo
9. | Salmo em que David se mostra agradecido ao Senhor pelo haver
livrado por um modo singular dos seus inimigos, que sem dúvida foram
os Filisteus, e especialmente Golias. | Salmo
10. | Salmo de David. | O salmista exora ao Senhor não se esquecer
dos pobres perseguidos. | Salmo
11. | David neste salmo, contemplando ao Senhor justo defensor da
inocência, e severo juiz dos que violentamente a perseguem, põe nele
toda a sua confiança contra o temor que lhe podiam causar os artifícios
de seus inimigos. | Salmo 12.
| David expondo ao Senhor as maldades de seus inimigos pede a Deus o
livre deles, a ele e a todos os que o servem, o que anuncia que o Senhor
salvaria e estabeleceria a sua Igreja, fazendo que os seus mesmos perseguidores
contribuíssem para a sua maior exaltação e glória. | Salmo
13. | David cheio de consolação pela firme esperança que acha na
divina misericórdia, pede ao Senhor que o livre da violência de seus
inimigos, dos quais se vê larga e pertinazmente perseguido. | Salmo
14. | David, depois de descrever ao vivo a geral corrupção e extrema
impiedade que reinava no mundo, e a cruel perseguição que este pratica
contra os fiéis, intima o terrível juízo de Deus aos mundanos, e conclui
profetizando a vinda do Messias para salvar ao seu povo. | Salmo
15. | O profeta neste salmo diz que os verdadeiros membros da Igreja
são aqueles que vivem em justiça, e que por ela terão lugar na celestial
Sião. | Salmo 16. | Salmo profético,
pelo qual David recorre a Deus pedindo-lhe socorro, protestando que
tudo espera da sua bondade, e por cuja consideração David dá graças
ao Senhor. | Salmo 17. | Salmo
moral em que David pede a Deus o livre das traições e crueldades de
seus inimigos; recomenda a bondade e paciência de Deus. | Salmo
18. | Salmo histórico e profético, em que David descreve os gravíssimos
perigos em que se tinha visto, e dá solenes graças ao Senhor pelo ter
livrado de todos eles, e pelo ter constituído rei. | Salmo
19. | Salmo de louvor e de exortação. | A formosura e ordem dos
céus, e a imutabilidade da lei são uns pregoeiros da sabedoria de Deus.
| Salmo 20. | Salmo deprecatório,
por ocasião de partir o rei para a guerra. | Salmo
21. | Salmo de ação de graças ao voltar o rei vitorioso. | Salmo
22. | Salmo profético: Cristo na cruz ora a Deus; refere os seus
tormentos; declara que ele será livre pela sua Ressurreição; livres
os judeus escolhidos, e os gentios, que se hão de converter, pela sua
Paixão. | O mesmo Cristo crucificado nos ensinou, que este salmo falava
dele (Mateus,
XXVII, 46; Marcos,
XV, 34.) | Deste salmo deu o grande Bossuet,
separadamente uma tradução, e uma explicação literal sobre o Hebreu
e sobre os Setenta. | Salmo 23.
| Salmo moral. | A quem Deus apresenta, nada lhe falta. | Salmo
24. | Salmo histórico e moral. | As faustas aclamações do povo com
o rei, ao trasladar-se a Arca da casa de Obededom para o Tabernáculo
de Sião, em figura do triunfo da Ascensão ao céu. | Salmo
25. | Salmo deprecatório, em que David angustiado das perseguições
de seus inimigos, pede a Deus que lhe perdoe os seus pecados, que o
reduza ao caminho direito, e que o livre dos adversários. | Salmo
26. | David expõe a sua inocência a Deus, patenteando o seu afeto
de viver na casa do Senhor, e lhe roga que o purifique da contaminação
de seus inimigos. | Salmo 27.
| David protesta que a fé que tem no Senhor, o põe a salvo do terror
que lhe poderiam causar os seus inimigos, e mostra o ardente desejo
que tem de habitar sempre no templo. | Salmo
28. | David cercado de seus inimigos pões a sua confiança em Deus,
para não perecer com eles; e vendo o bom efeito das suas orações, rende
graças ao Senhor, e lhe roga por todo o povo. | Salmo
29. | David descreve neste salmo os maravilhosos efeitos da Onipotência
do Senhor, manifestada pela voz do trovão. | Salmo de David, na consumação
do tabernáculo. | Salmo 30.
| Neste salmo David convida a todos os povos a que se unam a ele para
dar graças ao Senhor, pelo ter livrado de grandes tribulações e da morte
de que estava ameaçado. | Salmo
31. | David suplica ao Senhor que o livre das amarguras em que se
acha sem esperança de poder escapar; e foi de repente livre, por ter
posto toda a sua confiança em Deus. | Salmo
32. | Afetos de David penitente; podendo chamar-se também este salmo,
como o coração de Davi. | O salmista nos faz reconhecer nele a graça
da justificação como um efeito só da divina misericórdia. | Salmo
33. | Exorta David aos fiéis a que louvem o Senhor, por causa das
obras do seu poder e da fidelidade das suas promessas, e da particular
providência com que governa e atende pela sua Igreja, tendo sempre presente
a ruína e extermínio dos ímpios. | Salmo
34. | Neste salmo convida David aos fiéis a engrandecer a misericórdia
do Senhor, que livra aos seus de todo o mal. | Põe patentes os bens
que se encerram em confiar em Deus, e em obedecer-lhe; e pelo contrário,
os terríveis males com que castiga aos ímpios. | Salmo
35. | David perseguido de seus inimigos, não se vinga por si, mas
remete a sua causa à justiça de Deus. | Salmo
36. | A profunda malícia dos ímpios, os profundos juízos de Deus
sobre os maus, e a sua grande misericórdia para com os bons. | Salmo
37. | Os que estão debaixo da proteção de Deus, não devem invejar
a felicidade dos ímpios. | Salmo
38. | David temendo a ira de Deus, a quem irritou pelos seus crimes,
descreve o estado de humilhação e penitência em que se achava, pelo
desamparo dos seus amigos, e sublevação dos seus vassalos. | Confessa-se
pecador, e recorre à divina misericórdia. | Salmo
39. | David prefere sofrer em silêncio os males com que o Senhor
o aflige, e não responder aos insultos dos seus inimigos, contentando-se
com expor ao Senhor os seus tristes gemidos. | Põe em Deus a sua esperança,
e lhe pede o livre da tribulação que padece. | Salmo
40. | A lembrança de o ter Deus livrado dos males passados, conduz
a David a esperar que ele o livrará também dos presentes. | Entretanto
prediz o sacrifício de Cristo, em lugar das antigas vítimas. | Salmo
41. | David fugindo de Absalão, foi assistido do velho Berzellai
e doutros. (2º Samuel, XVII, 27.)
| Movido da caridade e liberalidade destes, apregoa bem-aventurados
aos que se compadecem do pobre e necessitado. | Passa depois a queixar-se
das suas calamidades e da perfídia, que os seus usavam com ele, e pões
em Deus toda a sua esperança — (Salmos: Capítulos 42 a 72.)
Livro dos Salmos II.
| Salmo 42. | Desejo ansioso
do real profeta de ver o Tabernáculo do Senhor, quando andava ausente
por causa da perseguição ou de Saul, ou de Absalão. | Salmo
43. | Do mesmo assunto que o precedente. | Vivendo entre infiéis,
suspira David por ver a Jerusalém e o Tabernáculo do Senhor. Com esta
esperança se consola e anima. | Salmo
44. | Salmo profético. | A Igreja na extrema opressão, que padece,
se consola com a memória dos benefícios do Senhor. E pondo-se toda nas
suas mãos, lhe roga humildemente que acuda logo em seu socorro. | Salmo
45. | Salmo profético e epitalâmico em que se celebra o desposório
de Cristo com a sua Igreja. | Vitórias que se hão de alcançar pela pregação
do Evangelho, e estabelecimento do reino de Jesus Cristo. | Reunião
feliz de todas as nações num corpo. | Salmo
46. | O autor deste salmo engrandecendo uma assinalada vitória da
Igreja, toma daqui argumento e assunto, para que se ponha em Deus toda
a confiança, e convida a todos os homens a que contemplem as suas grandes
obras, e por elas lhe deem glória e louvor. | Salmo
47. | Neste salmo profético, debaixo da figura da entrada da arca
em Sião, se descreve o reino espiritual de Jesus Cristo na sua Ascensão
aos céus; e juntamente se contém uma clara profecia da vocação dos gentios.
| Salmo 48. | O profeta exalta
o poder e misericórdia do Senhor, que resplandece na defesa e conservação
milagrosa da sua Igreja, à qual enchem de glória os esforços inúteis
dos seus mesmos inimigos. | São convidados todos os povos para que venham
a contemplar a sua fortaleza e magnificência espiritual. | Salmo
49. | Convida o salmista a todos os mortais, para que apliquem a
sua atenção ao cotejo que faz da vã confiança que põem os pecadores
no próprio poder, e riquezas, com a esperança que ele e todos os verdadeiros
fiéis põem em Deus. | Fortifica aos justos contra a tentação que se
excita ao ver em prosperidade aos pecadores. | Salmo
50. | O salmista anuncia a vinda do Senhor; mostra a insuficiência
dos sacrifícios da lei antiga; e repreende aos ímpios as suas prevaricações.
| Salmo 51. | David cheio de
confusão pelos seus pecados pede a Deus humildemente que lhos perdoe
confessando-os com sinceridade; | suplica-lhe que se digne de renovar
nele a paz e a alegria de consciência; | promete-lhe fazer penitência
por eles, de maneira que o seu exemplo sirva a outros de instrução e
de escarmento para glória do mesmo Deus; | ultimamente lhe pede e roga
por toda a Igreja. | Salmo 52.
| David depois de haver dado em rosto a Doeg com a sua perfídia e inumanidade,
o ameaça com o tremendo juízo de Deus, em quem tem posta a sua confiança
e a segurança da sua pessoa. | Salmo
53. | Descreve David a impiedade e geral corrupção dos mundanos,
e a perseguição que eles têm declarado contra os fiéis; ameaça-os com
o juízo de Deus, desejando que seja prontamente executado para verdadeiro
alívio e consolação da sua Igreja. | Salmo
54. | David vendo-se apertado de seus inimigos, pede a Deus que
o livre do seu furor; e cheio de confiança na proteção do Senhor, lhe
promete que os seus benefícios eternamente lhe não cairão da memória.
| Salmo 55. | David expõe ao
Senhor a perfídia de seus inimigos, e lhe pede socorro. | Anuncia a
sua ruína. | Exorta aos justos a que ponham toda a sua confiança no
Senhor. | Salmo 56. | David
representando ao Senhor o ódio implacável que lhe tinham os seus inimigos,
implora o seu socorro contra eles. E pondo nele toda a sua confiança,
não teme os efeitos da violência e injustiça dos homens. | Salmo
57. | David em pessoa de Cristo pede socorro contra os seus inimigos.
| Salmo 58. | Lamenta-se David
neste salmo pelas injustiças dos conselheiros e cortesãos de Saul; roga
ao Senhor que os confunda, para que os justos se consolem, e tenham
matéria de lhe dar graças. | Salmo
59. | David posto em grande perigo de cair nas mãos de Saul recorre
a Deus, e lhe suplica humildemente, que tome por sua causa a vingança;
pelo que se obriga a mostrar o seu agradecimento, e empregar-se em louvá-lo.
| Salmo 60. | Salmo de ação
de graças, no qual David, por haver vencido aos seus inimigos, se regozija
no Senhor, a quem era devedor do reino e das vitórias que havia alcançado.
Roga-lhe que acabe a obra começada contra os inimigos que ainda lhe
restavam. | Salmo 61. | Salmo
profético em que David implora o auxílio do Senhor, e suspira pelo tabernáculo
do seu Deus, anunciando o reino eterno do Messias. | Salmo
62. | David se consola no Senhor anunciando o total extermínio de
seus perseguidores; e exorta aos fiéis a que, apartando a sua confiança
das coisas mundanas, em que somente se acha vaidade, a ponham e fixem
só em Deus, a quem pertence o poder e a misericórdia. | Salmo
63. | David perseguido e apartado do tabernáculo do Senhor, mostra
os grandes desejos que tem de voltar à sua vista. Explica as consolações
que recebia do Senhor, e anuncia a ruína dos seus inimigos. | Salmo
64. | Descreve David as violências dos que o perseguem, e pede ao
Senhor, que o livre das suas mãos, intimando-lhes o terrível juízo,
que Deus fará deles para glória sua, e para consolação dos bons. | Salmo
65. | O profeta em nome de toda a Igreja dá a Deus rendidas graças
por havê-la livrado d’alguma calamidade; e celebra as bênçãos e bens
espirituais que derrama sobre os seus. | Salmo
66. | Salmo de louvor, em que o profeta convida a todos os moradores
da terra a que glorifiquem ao Senhor pelos antigos prodígios, que havia
obrado em favor do seu povo, e por outras graças particulares; oferece-se,
por todos estes benefícios, a louvá-lo sem cessar. | Salmo
67. | A Igreja pede a Deus que derrame sobre ela as suas abundantes
bênçãos, e que as estenda também a todos os povos da terra debaixo do
império e governo do Messias, para que de todos seja temido, servido
e adorado. | Salmo 68. | O profeta
pede a Deus uma vitória completa de seus inimigos, e que faça alarde
do seu poder, empregando-os no extermínio dos ímpios, para consolação
dos bons, como o havia feito quando livrou o seu povo da tirania dos
egípcios, e o estabeleceu na terra da Promissão. | Os exegetas, porém,
aplicam este salmo a Jesus Cristo, à sua Ascensão, à Pregação dos Apóstolos,
e conversão dos Gentios. | Salmo
69. | Jesus Cristo na pessoa de David se volta a seu Eterno Pai,
rogando-lhe que o livre das terríveis angústias que padecia, e posto
todo nas suas mãos, fulmina a sua maldição contra os judeus réprobos,
anunciando a glória de Deus, a salvação e consolação dos fiéis, e a
bênção a todos os povos que causaria a sua paixão e morte. | Salmo
70. | David oprimido d’uma grande calamidade se volta a Deus, pedindo-lhe
pronto socorro para que fiquem confundidos os seus inimigos, e para
consolação e alegria dos fiéis. | Salmo
71 | David roga ao Senhor que lhe continue a sua proteção até os
últimos anos da sua vida, para ter matéria de engrandecer a sua misericórdia.
| Salmo 72. | Salmo profético,
em que David por ocasião do reino de Salomão seu sucessor, o encomenda
a Deus muito particularmente, e se estende em descobrir a felicidade
do reino de Jesus Cristo, figurado pelo de Salomão, e como todos os
povos voluntariamente se submeteriam a ele; por tudo isto dá graças
a Deus, e louva a sua misericórdia — (Salmos: Capítulos 73
a 89.) Livro dos Salmos III.
| Salmo 73. | O profeta declara
a terrível tentação de que foi combatida a sua alma ao ver a prosperidade
dos ímpios neste mundo; e assegura que o seu espírito sossegou vendo
o desgraçado fim dos mesmos ímpios. Toma daqui argumento para arraigar
mais e mais no Senhor a sua esperança. | Salmo
74. | A Igreja vendo-se na última desolação, trazendo à memória
os estupendos prodígios, que o Senhor havia obrado antigamente, para
salvar ao seu povo, lhe roga, que compadecendo-se da sua miséria e extrema
aflição, tome por sua conta vingar as injúrias com que havia sido ultrajada.
| Salmo 75. | O salmista se
emprega em louvar a Deus, porque faz brilhar a sua justiça em abater
a uns e em exaltar a outros; em levantar aos humildes que o temem, e
em humilhar aos soberbos que o desprezam. | Salmo
76. | A Igreja neste salmo engrandece o poder e a justiça de Deus,
empregados em fazer que triunfe gloriosamente de todos os seus inimigos.
| Salmo 77. | A alma se recreia
santamente lembrando-se das obras maravilhosas do Senhor. | Salmo
78. | O profeta neste salmo refere as graças com que Deus tem favorecido
o seu povo, e os castigos de que usou para que se convertesse, e lhe
fosse fiel; e por este meio nos persuade a que busquemos, e guardemos
a sua lei. | Salmo 79. | Salmo
profético, em que se expressam os lamentos dos fiéis pelos danos feitos
à sinagoga, e ao seu templo, e alegoricamente à Igreja cristã. | Salmo
80. | O profeta roga ao Senhor, que dê liberdade ao seu povo; expõe-lhe
a desolação de Israel na figura duma vinha destruída, e pede a sua liberdade
e restabelecimento. | Salmo 81.
| São convidados os fiéis a celebrar os dias festivos, instituídos para
celebrar a memória dos benefícios que recebem de Deus. | Salmo
82. | O profeta exorta aos juízes da terra a que façam justiça aos
pobres, e aos órfãos, por ser Deus o supremo juiz de todos os juízes.
| Salmo 83. | Pede o profeta
neste salmo, que os inimigos do povo de Deus conjugados em grande número
contra ele sejam dissipados pelo Senhor, assim como a palha pelo vento.
| Salmo 84. | Declara o profeta
as ardentes ânsias, que o inflamavam de estar no tabernáculo do Senhor,
do qual se achava desviado. | Salmo
85. | Roga ao Senhor que se mostre sempre propício àqueles que tem
livrado da escravidão; e que envie a Cristo. | Salmo
86. | Oração de David pedindo socorro contra os seus inimigos; nela
se anuncia a conversão dos Gentios. | Salmo
87. | Das excelências de Jerusalém figura da cidade de Deus, ou
da igreja de Cristo. | Salmo 88.
| Este salmo é uma admirável oração, na qual o profeta patenteia a Deus
a grandeza dos seus trabalhos, e implora com instância o seu socorro.
| Salmo 89. | Perpetuidade do
reino que Deus prometeu a David, o qual havia de ter seu cumprimento
não no reino terreno de David, senão no Messias, por cuja vinda roga
o profeta — (Salmos: Capítulos 90 a 106.) Livro
dos Salmos IV. | Salmo
90. | O profeta representa aos Senhor a fraqueza do homem, e a vaidade
da sua vida, e implora a divina misericórdia sobre o seu povo. | Salmo
91. | Exorta o salmista a que ponhamos toda a nossa esperança no
Senhor, porque estão livres de todo o perigo aqueles que Deus toma por
sua conta. | Salmo 92. | Exorta
o profeta a empregar o dia do sábado nos louvores da grandeza do Senhor,
que resplendece nas suas obras, e à observação da lei em atenção à recompensa
dos justos e castigo dos pecadores. | Salmo
93. | Por meio de formosas e vivas alegorias celebra a glória e
a imortalidade do reino de Jesus Cristo. | «Louvor de cântico do mesmo
David para o dia que precede ao sábado quando a terra foi fundada.»
| Salmo 94. | Anuncia David
o castigo dos maus, e o prêmio dos bons, que são protegidos pelo Senhor.
| «Salmo do mesmo David, para o dia quarto da semana.» | Salmo
95. | David convida e exorta todos os homens ao louvor de Deus,
e a que lhe obedeçam agradecendo-lhe os benefícios da Criação. | Salmo
96. | Exorta o profeta a todos para que louvem a Deus, pela sua
grandeza, singularmente pela vinda do Messias a reformar o mundo. |
Salmo 97. | Mostra David o poder
de Deus, e a vaidade dos ídolos. | Salmo
98. | Salmo de louvor e júbilo, pelas grandes vitórias que alcançou
das nações. | Reconhecido também como profético da vinda de Cristo e
vocação dos gentios. | Salmo 99.
| O salmista celebra o reino do Senhor, e de seu Cristo, convida a todos
os homens a reconhecer a este Deus supremo, a quem serviram Moisés,
Arão e os demais profetas. | Salmo
100. | Exorta o profeta neste salmo a toda a terra a celebrar e
louvar ao Senhor. | Profecia da vocação dos gentios. | Salmo
101. | David na sua pessoa põe diante de todos os príncipes um espelho,
em que devem ver-se para o governo dos seus estados. | Salmo
102. | O salmista em nome de todo o Israel implora a misericórdia
do Senhor; anuncia o estabelecimento de Sião, e pede a conservação de
Israel até ao tempo em que deve entrar em graça. | Salmo
103. | Salmo de ação de graças pela remissão dos pecados; e convida
a todos os anjos e criaturas a louvar ao Senhor. | Salmo
104. | Vai fazendo memória das maravilhas do Senhor, e o louva e
glorifica por todas elas, para que aprendamos a fazer bom uso delas,
elevando-nos às coisas espirituais pela contemplação das coisas visíveis.
| Salmo 105. | Salmo de ação
de graças, pelos benefícios feitos por Deus ao povo de Israel, desde
Abraão até Moisés. (1º
livro das Crônicas, XVI. 8.) | Salmo
106. | Faz-se memória dos benefícios que Deus fez ao seu povo desde
que saiu do Egito, até os Juízes; da ingratidão com que este lhe correspondeu;
e como o misericordioso Senhor o corrigia e tirava das suas angústias
— (Salmos: Capítulos 107 a 150.) Livro
dos Salmos V. | Salmo
107. | Louva-se neste salmo a Deus porque livra aos homens de todo
o gênero de calamidades; entre estas se contam por principais, o andar
desencaminhado, o cativeiro, as enfermidades, e as tempestades do mar.
| Salmo 108. | Oração de David
para pedir ao Senhor a sua assistência contra seus inimigos, dando graças
pelos auxílios que tem recebido. | Salmo
109. | David na pessoa de Cristo pede ao Pai socorro contra as calúnias,
e perfídia de seus perseguidores. | Vaticina a perdição deles, declara-se
a humilhação extrema, a que ele se há de ver reduzido. | Salmo
110. | Salmo profético: o Messias assentado à direita do Pai. |
O seu reino sobre todas as nações. | A sua geração eterna. | Ele é sacerdote
segundo a ordem de Melchisedech; ele julgador de todos os homens. |
O mesmo Cristo no Evangelho, Mateus,
XXII, 43, 44, abertamente afirmou, que era ele, de quem David falara
neste salmo. | Salmo 111.
| Salmo de louvor, pelas maravilhas obradas por Deus a favor do seu
povo. | Salmo 112. | Feliz
o homem que teme verdadeiramente a Deus, ainda que seja aborrecido dos
ímpios. | «Aleluia, da remigração de Aggeu e de Zacharias.» | Salmo
113. | Deus olhando desde o Céu para os bons e humildes, afim de
os proteger e amparar. | Salmo
114. | Grandeza de Deus na liberdade que deu ao seu povo. | Salmo
115. | Vaidade dos ídolos. | O Senhor é protetor dos que o temem.
| Salmo 116. | Dá o profeta
graças a Deus pelo haver livrado d’um perigo. | Salmo de ação de graças,
em que David se mostra agradecido ao Senhor pelos seus benefícios, e
espera com inteira confiança ver cumpridas todas as promessas, que lhe
havia feito o mesmo Senhor. | Salmo
117. | Os intérpretes entendem comumente este salmo da vocação dos
gentios e da união de todos os povos da terra para formar um corpo que
é o da Igreja. | Salmo 118.
| Este salmo parece ser como um diálogo, em que se considera a David
à porta do Templo convidando a todos a entrar nele para dar a Deus solenes
graças pelos seus benefícios, e para obter a sua bênção para o futuro.
| Salmo 119. | Elogios da
lei divina. | Oração para pedir a Deus a graça de entende-la e observá-la.
| Salmo 120. | Reconhece a
assistência que tem tido de Deus, a quem roga o livre das fraudes, calúnias
e crueldades de seus inimigos. | Salmo
121. | O homem fiel a Deus tem por meio da fé afiançado o seu socorro
contra todos os perigos e trabalhos. | Salmo
122. | O profeta debaixo da alegoria dos que iam a visitar o Templo
do Senhor nas três festas solenes do ano, e com este motivo publicavam,
e cantavam as excelências da cidade santa, descreve as prerrogativas
da Igreja de Jesus Cristo. | Salmo
123. | O profeta protestando em nome de todo o povo, que só de Deus
espera o remédio e alívio dos seus trabalhos, implora a sua misericórdia.
| Salmo 124. | Protesta o
profeta em nome do povo, que somente a proteção do Senhor o podia livrar
de todos os perigos. | Salmo 125.
| Os justos vivem seguro à sombra da Divina Providência; os ímpios perecerão.
| Salmo 126. | Votos dos cativos
de Babilônia suspirando pela liberdade, e em figura deles a Igreja pede
a sua liberdade por Jesus Cristo. | Salmo
127. | Toda a diligência i indústria humana é inútil em qualquer
empresa, se não for acompanhada da bênção de Deus. | Salmo
128. | Frutos do temor de Deus. | Pode aplicar-se a ambos os testamentos.
| Salmo 129. | Protesta o
profeta em nome do povo, que só com o favor de Deus tem vencido a seus
inimigos, aos quais anuncia a eterna infelicidade. | Salmo
130. | O povo submergido no abismo de seus males confessa os seus
pecados, e implora a divina misericórdia. | Salmo
131. | David põe a Deus por testemunha de que o seu coração estava
livre da ambição que lhe imputavam. | Salmo
132. | Roga o povo a Deus pela restauração do seu reino, conforme
a promessa feita a David, o que tudo se deve referir ao reino de Jesus
Cristo. | Salmo 133. | Elogio
da concórdia e união fraterna. | Salmo
134. | Exortação aos ministros do Senhor para que o louvem continuamente.
| Salmo 135. | Dão-se graças
a Deus por haver escolhido a Israel por seus povo, e se demonstra a
superstição e falsidade dos ídolos. | Salmo
136. | Exorta o profeta neste salmo a dar louvor a deus pela misericórdia
que havia usado com o seu povo, enumerando pela sua ordem os antigos
benefícios. | Salmo 137. |
Os prisioneiros choram a sua perdida liberdade. | Profecia da queda
de Babilônia, e da ruína do império. | Salmo
138. | David dá graças a Deus pelos benefícios recebidos da sua
bondade, e diz que contará sempre com a divina assistência. | Salmo
139. | Descreve-se a particular e admirável providência de Deus
sobre os justos; os ímpios perecerão. | Salmo
140. | David pede a Deus que o defenda dos enganos e violências
de seu inimigos, pois vive certo de que o Senhor toma por sua conta
a defensa dos pobres perseguidos. | Salmo
141. | Pede David a Deus que lhe dê paciência nos trabalhos, e que
o defenda de seus inimigos. | Salmo
142. | Só e desamparado de humano socorro, implora o favor divino
contra os seu inimigos. | Salmo
143. | Implora o socorro do Senhor; castigados seus inimigos. |
Salmo 144. | David dá graças
ao Senhor pelas vitórias passadas, as quais lhe dão alento para conseguir
outras maiores. | Salmo 145.
| Louva-se neste salmo a bondade, e misericórdia dor, que como rei soberano
governa, e conserva todas as coisas. | Salmo
146. | Devemos por a nossa confiança em Deus, e louvar o seu poder,
bondade, e celebrar o seu reino eterno. | Salmo
147. | Deve louvar-se o Senhor, porque só ele é admirável. | Deve-se
louvar o Senhor, porque só ele é quem nos dá todos os bens. | Salmo
148. | Deve-se louvar a Deus, porque só ele é o Criador de todas
as coisas. | Salmo 149. |
O profeta convida o seu povo a cantar ao Senhor um cântico novo em ação
de graças pela misericórdia que tem usado com Israel. | Salmo
150. | Que se há de louvar o Senhor, porque só ele é digno de que
se louve de todas as maneiras.
[1] (Nota importante) Embora tenhamos feito os links de acordo com a enumeração dos salmos, quando consultarmos a versão de Figueiredo, assim como outras versões católicas da bíblia, tais como a versão francesa de Isaac-Louis Le Maistre de Sacy, devemos considerar o salmo anterior para a correspondência dos textos, mas na do Padre Matos Soares a enumeração deve avançar um capítulo; isso é válido do salmo 10 ao 147. Na bíblia de Ferreira de Almeida a enumeração corresponde à da bíblia hebraica tal como nessa versão eletrônica.